sexta-feira, 29 de maio de 2009

Não sei o que sou, à parte de não ser
Aquilo que o mundo despejou!
Não sei, no silêncio, o que dizer
À parte das horas que consumou.

No revolver das águas lacrimais
Brilha a ponta da pele por onde passa,
Para dizer ao mundo de si e da escassa
dor que eles compreendem nos demais.

Que dizer ao vento, mudo, que sussurra
Palavras que não compreendo?
Para quê fazer ouvir o lamento
No eco vazio das rochas de uma gruta?