sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tentativa de regresso

No silêncio da hora tardia,
Só a pura natureza se ouvia!
O vento pelas ruas assobiava,
O rio, lá em baixo, sossegado, corria!

As árvores faziam ritmo, de dança
Os ramos soavam como tambores...
O cão, aflito, ainda late e não se cansa!
Serão dele, sozinho, os seus temores...


A outra natureza, vagueia pela mente,
Em imagens recriadas no repouso...
Daqui a poucas horas, serão
As imagens irreais, o seu presente!


O meu corpo recosta à almofada…
Nesta hora de tenra e quieta alvorada
O cão já não se ouve, o vento sossegou…
Aleitou-se ele, no mundo que o renegou?

Deixo-me repousar, que a verdade tem de vir
Só ela aparece, nestas horas, de dormir…



FG