sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A inércia da mortalidade

É nesse templo mais escuro que se ouvem zumbidos obscuros
de uma lentidão sonora irritante...
Uma cave húmida, a cheirar a terra,
percorre os sentidos do ser que habita nela...
O sonho é estranho e feito de peças sobrepostas...
Sem sentido aparente à consciência humana.
Uma lágrima seca os olhos sem vida...
Brota de uma fonte onde o musgo vive ainda.
Passa devagar pela pedra fria e escorregadia
e perde-se pela sua superfície morta!
O silêncio instaura-se no cume mais alto,
onde se avista o céu mais de perto
e a lua parece estar ali ao lado...
É noite de repente...
Está frio!Não se ouvem cigarras, nem se veêm pirilampos...
Apenas o som do respirar, cada vez mais lento...
E o sentimento de solidão no ar...
Cai no chão...devagar...como se se deitasse no seu leito materno...
Deixa de se ouvir o silêncio...
O respirar...
Está escuro...
É noite...lá fora...
e dentro!
Morreu o ser!