Não sei o que sou, à parte de não ser
Aquilo que o mundo despejou!
Não sei, no silêncio, o que dizer
À parte das horas que consumou.
No revolver das águas lacrimais
Brilha a ponta da pele por onde passa,
Para dizer ao mundo de si e da escassa
dor que eles compreendem nos demais.
Que dizer ao vento, mudo, que sussurra
Palavras que não compreendo?
Para quê fazer ouvir o lamento
No eco vazio das rochas de uma gruta?
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