terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A minha tradução do amor de Miguel Esteves Cardoso


Poderíamos definir várias concepções de amor…
E talvez todas elas partilhem de algo muito em comum…
Embora completamente diferentes…

Há um amor único, talvez esse amor de que Miguel Esteves Cardoso quis falar…
Sim, esse amor único,
inesquecível,
incomparável,
quase indefinível
(difícil tarefa esta).

Esse amor visceral, que nos faz bater depressa o coração…
As pernas, as mãos, a voz, tremerem…
Sem conseguirmos explicar a razão de tal fenómeno…
Tudo fica incontrolável!

O sorriso facilmente brota da nossa face, sem sequer darmos conta…
E sabe incrivelmente como nenhum outro sorriso esboçado!

Todo o universo parece reunir-se num único espaço,
com a beleza de quando olhamos para estrelas, por um telescópio…

Conseguimos sentir-lhe o respirar
e o corpo quase paralisa…

Sentem-se contracções involuntárias
de uma dor, misturada com um doce e delicado prazer…
Do qual o sabor é inconfundível!

Este amor do qual a intensidade não se consegue medir…
É o amor do momento, aquele momento…

Esse momento que faz esquecer todos e quaisquer outros…
que os tornam insignificantes…
tão insignificantes naquele instante soberbo e grandioso!

Aquele amor que faz iluminar o mundo, em poucos segundos!
Porque só ele faz sentir vivo o nosso corpo!

Naquele momento, toda a existência adquire significado…
O significado de estar ali,
de sentir,
de olhar,
de sorrir,
de respirar,
de ouvir…

Esse amor que alimenta por si só…
e que te embriaga…

Nada mais importa!

Aquela serenidade da paz interior repleta de calafrios...
É ténue, fugaz e queres saboreá-la…

O pensamento não existe! Ele voltará…

Que importa o amanhã, se hoje temos o mundo e a vida?
Se hoje a alegria inebria e torna o dia colorido?
Se hoje a vida vale a pena?

Este é o amor de Miguel Esteves Cardoso!

Só quem o sentiu o reconhece…

Mas para conservar a sua beleza,
ele deve permanecer sempre,
Apenas,
Naquele momento,
único!


"Eu prefiro tê-la beijado uma vez, tê-la abraçado uma vez,
tê-la tocado uma vez do que passar a eternidade sem isso."

3 comentários:

Anónimo disse...

A Cidade dos Anjos é de facto um bom filme! :-)

Feliz disse...

Por acaso não acho um filme excepcional! Não aprecio muito romances! Mas era bastante representativo do que queria transmitir...

Anónimo disse...

Acredito :)